Você já deve ter visto por aí algum trabalho, proposta ou artigo relacionado a cultura organizacional que propõe a criação de guias, manifestos, decks culturais como caminho de desenvolvimento ou até (pasmem) criação da cultura da empresa. Com essas estratégias, muitas vezes também é proposto uma série de workshops, team buildings, chá com o presidente, planos de comunicação interna e várias outras, que parecem compartilhar de algumas crenças comuns como:
Mudamos ou desenvolvemos a cultura quando as pessoas transformarem sua forma de ver o mundo, ou seja, mudarem sua mentalidade.
Para ter a cultura que desejamos, as pessoas devem estar informadas sobre ela e constantemente alinhadas com a visão e valores da empresa.
Esses caminhos apostam na mudança da cultura através da transformação dos indivíduos, se cada um mudar sua visão de mundo, basta mudar a cultura. Ahh, se fosse tão simples assim.
A mudança passa pelos indivíduos, mas focar apenas nesse lugar pra trabalhar com cultura organizacional é ineficaz.
Acreditamos que as pessoas são fortemente influenciadas pelos sistemas que convivem e elas também influenciam esse sistema. Então preferimos atuar pela estrutura através de artefatos que estimulam comportamentos. Preferimos atuar mais em mudanças que são vivenciadas do que em comunicados que parecem listas de desejos mas nunca se concretizam. Se for apresentado uma nova narrativa (divulgação da nova cultura), sem a mudança dos meios de interações (Estrutura), o sucesso da mudança é bem pouco provável.
Confira algumas das diferenças que percebemos na nossa abordagem comparado ao que geralmente encontramos no mercado:
Como cultura costuma ser tratada
Muitas palavras e decks bonitos | Escrevem um diagnóstico e/ou relatório, com muitas palavras bonitas que supostamente capturam a “essência” da cultura da organização. Na prática, não fica muito claro como promover mudanças na cultura.
Ingênua | Descrevem comportamentos desejados e investem em programas de liderança para “ensinar” esses comportamentos. Alimentam a esperança de que as coisas vão mudar por meio de palestras, cursos e endomarketing.
Grandes Planos | Fazem grandes planos e desenham programas que buscam afetar todos na organização durante anos, sem nunca testar ou validar o que é proposto em menor escala.
Tema para o topo da pirâmide | Olham para a cultura como se ela pudesse ser gerada apenas com as ações e palavras de alguns poucos no RH e no C-level.
Padronização excessiva | Buscam padronizar ou disseminar práticas que fazem sentido em apenas parte da organização.
Vivem na mesmice | Propostas de intervenção que envolvem os mesmos elementos de sempre, tais como: Programa de Desenvolvimento de líderes, trilhas de aprendizagem e matriz de competências.
Nossa abordagem para mudar a cultura
Pragmática | Partimos de problemas e tensões reais que são sentidos no dia-a-dia de maneira recorrente. Propomos ou ajudamos as pessoas a desenharem intervenções estruturais que buscam aliviar essas tensões.
Realista | Acreditamos em ações mais estruturais e que mudam a maneira como o trabalho é feito. Não alimentamos falsas esperanças e nem procuramos o caminho mais cômodo.
Experimental | Desenhamos e ensinamos as pessoas a desenharem experimentos, explicitar hipóteses e rodar protótipos.
Distribuída | Sabemos que a cultura está o tempo todo sendo moldada pelas ações e moldando as ações de todos, por isso estimulamos todas as pessoas a serem designer e hackers.
Adaptativa | Propomos espaços e processos que permitam a adaptação e criação contínua e local de práticas e estruturas.
Criativa | Nada no design organizacional é dado como certo, imutável ou sagrado. Tudo está aberto e pode ser adaptado, ressignificado ou até mesmo abolido.
Culture Hacking
É uma formar de intervir nos sistemas sociais em que trabalhamos e convivemos ao desafiar pressupostos e identificar brechas em sistemas sociais. Com CH não é necessário um alvará ou grande processo de transformação cultural vindo da liderança. São habilidades, técnicas e percepções desenvolvidas por agentes de mudanças, capazes de observar os traços culturais de forma investigativa e criar soluções de transformações tangíveis e acionáveis.
Definimos hacking como sobretudo uma postura de inconformismo como status quo, acompanhada de uma preferência por soluções inusitadas que podem ser implementadas imediatamente ao invés de pensar em grandes transformações que nunca saem do papel. Podemos traduzir “hacks” como “improvisos” ou até “gambiarras”. Nós definimos “hacks” como intervenções oblíquas que podem transformar um sistema social mesmo que a pessoa hacker não tenha permissão explícita. Aha! Agentes de mudança podem ser hackers.
Dinâmica do Curso
Prepare-se para 6 encontros experienciais de 3h onde você vai aprender conceitos e praticar técnicas de hacking para mudar a cultura de organizações. Além dos encontros síncronos, é importante que você dedique ao menos 2h semanais assíncronas entre os encontros para prática de exercícios e aulas gravadas, essa dedicação é bastante importante para um bom acompanhamento do curso.
Nos encontros vamos estudar juntos sobre:
Design Cultural
- Afinal, o que é cultura organizacional?
- Cultura como um sistema operacional social, mas com mais complexidade;
- Design Cultural: A mudança de fora para dentro;
- Artefatos culturais e as histórias que contam;
- Tensões criativas que são sentidas no dia-a-dia de maneira recorrente.
- Design de intervenções estruturais que buscam aliviar essas tensões.
- Iterações: Design de experimentos, explicitar hipóteses e rodar protótipos.
- Como a cultura se forma e o que ela forma a partir de si?
Culture Hacking
- WTF is hacking? Ciência comportamental moderna;
- A diferença entre design cultural e culture hacking e as condições que costumam chamar o hacking;
- Mapeamento de estratagemas de culture hacking e os campos de prática;
- Ser designer e hacker – “Hackeando a Vida Real”: Potencializando a mudança com a aplicação de hacks nas organizações.
- Reconhecer abordagens pragmáticas, adaptativas e criativas de trabalhar a cultura
- Hacking e ética.
Primeira videoaula
Assista à primeira videoaula do CH gratuitamente e confira o que te aguarda neste curso.
O que está incluso
- 6 encontros online ao vivo;
- Acesso vitalício à plataforma com todos conteúdo do curso (sempre atualizado);
- Acesso gratuito por 3 meses a todos os assistentes de IA criados pela TT;
- Interação assíncronas, durante o curso, com os tutores e participantes do grupo;
- Reembolso integral até 7 dias após a primeira aula em caso de insatisfação.
Investimento
R$ 2.080*
*A partir de jan/2025 o valor será reajustado para R$ 2.497.
Pagamento por boleto, PIX com desconto de 10% ou parcelado em até 6x sem juros no cartão de crédito.
Oferecemos bolsas de até 80% para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ou social. Solicite aqui.