Acorda cedo. Terno e a gravata. Chega no trabalho às 8:00.
Bate o ponto. Crachá no peito. Cumprimenta os colegas com um sorriso. Um sorriso frio e falso que esconde preocupações. E daí? Todos são assim. O mesmo sorriso formal.
Os problemas pessoais? Todos deixados na porta da empresa. Afinal, “um bom profissional” sabe separar as coisas.
Vai até o cubículo e senta na cadeira. Produz por algumas horas. Na realidade, mantém-se ocupado e acha o que fazer. O chefe está por perto. É importante manter uma boa imagem.
Opções políticas e religião? Melhor nem comentar. Emoções e sentimentos? Jamais. Afinal, “um bom profissional” sabe separar as coisas.
Tratamentos, terapias, antidepressivos. Sempre esperando pela próxima avaliação de performance. Talvez seja a vez de subir na escada da hierarquia. Embora a última promoção não tenha durado duas semanas de euforia…
Uma vida assim não faz sentido. Todos sabem. Mas ninguém fala nisso. Afinal, “um bom profissional” sabe separar as coisas. E sentimentos não são bem-vindos no ambiente de trabalho.
Final do expediente. Dezoito horas. Que alívio! Ponto eletrônico. Casa.
(Repetir até a aposentadoria)
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[…] A ruptura entre o trabalho e a vida pessoal começou nas organizações conformistas (leia aqui para entender melhor). O ambiente corporativo tradicional não acolhe as pessoas inteiramente. As emoções, as incertezas e os medos você deixa em casa. No trabalho você precisa ser um “bom profissional“. […]